terça-feira, 23 de novembro de 2010

Geração de merda. Ídolos de merda. Valores de merda. Hábitos de merda. Planeta de merda.

Eu realmente gostaria que a vaca da Lady Gaga sumisse da face da Terra e caísse no esquecimento.
Pro inferno com a "criatividade" de uma fulana que usa o relâmpago do Bowie, o nome de uma música do Queen e os figurinos da Madonna, além de, performaticamente falando, não fazer nada que a Madonna, Cher & Grace Jones não façam há 30 anos.


Aliás, eu tenho aqui uma pequena TONELADA de links interessantes sobre a "originalidade" dela.

http://mendigochic.com/2010/09/13/lady-gaga-x-america%C2%B4s-next-top-model-cade-a-originalidade-que-estava-aqui/

http://tecoapple.mtv.uol.com.br/2009/08/11/a-originalidade-de-roisin-murphy-roubada-por-lady-gaga/

http://www.rollingstone.com.br/secoes/novas/noticias/8064/

http://oth-blog.blogspot.com/2010/05/gaga-o-poco-de-originalidade.html [Meio grosseiro, mas deveras ilustrativo.]

http://www.cifraclubnews.com.br/noticias/22194-lady-gaga-acusada-de-imitar-madonna-veja-um-video-de-comparacao.html

http://images.uncyc.org/pt/e/e1/Xtina-vs-gaga-03-2-.jpg

http://images.uncyc.org/pt/c/cc/Xtina-vs-gaga-02-2-.jpg

http://images.uncyc.org/pt/4/49/GAGABOWIE.JPG

http://insidepop.blogspot.com/2010/05/lady-gaga-revival-inspiracao-ou.html


Aliás, cara cocotinha nascida nos anos 90, você sabe quem é Grace Jones?? Claro que não!!


Alie tudo isso a uma penca de músicas repetitivas, todas iguais e as letras mais baixas e imundas que se pode imaginar, e você tem a Tati Quebra Barraco versão USA (e BEM MAIS gostosa, admito, até porquê, né... Enfim). Resumindo, uma vagabunda sem conteúdo.

Realmente, me incomoda essa subcultura dominando a cabeça das pessoas. Ver a minha irmã de 12 anos com ídolas como Lady Gaga & Ke$ha (só esse $ no lugar do S já me dá câimbras no cérebro) me dá vontade de lançar uma bomba atômica no mundo. Ao invés disso, selecionei alguns pedaços de letras dessas duas vagabundas.

Leiam. Mas leiam com atenção e consciência do que vocês, de fato, estão lendo.

Essa é da vaca da Ke$ha.

http://letras.terra.com.br/kesha/1507065/traducao.html

E essas, da prostituta da Lady Gaga.

http://letras.terra.com.br/lady-gaga/1271786/traducao.html
http://letras.terra.com.br/lady-gaga/1319936/traducao.html
http://letras.terra.com.br/lady-gaga/1651416/traducao.html
http://letras.terra.com.br/lady-gaga/1319935/traducao.html

Fora outras músicas dessas e outras figuraças. Sabe, não é questão de opinião. É questão de valores de putaria, promiscuidade, mercenarismo, leviandade, futilidade e cheiração de pó sendo passados e glamurizados, infectando a cabeça dessa geração cada vez mais estúpida, vazia e precocemente pervertida.

Coisa tosca/ruim na mídia sempre teve. Mas hoje em dia tá demais. O que era sensual/erótico virou pornografia pastelão. O que era ousado/contestador virou vulgar/baixaria. O que era libertário virou libertino. Daqui a 50 anos, eu vou ter uns 70 e poucos anos e, creio, estarei vivo para testemunhar os novos anos 60, anos 60 esses sem Beatles nem Rolling Stones. E com alguma coisa 50 anos mais ordinária e suja que Lady Gaga ou 50 anos mais idiota e vazio que Restart.
E o pior, vai ser tão caótico que lembraremos do lixo de hoje com saudade. Isso não é exatamente uma bom coisa boa, né...

A música é, talvez, o mais importante veículo de arte, comunicação e formação de opinião presente no nosso cotidiano. Consumimos música o tempo todo e através dela, temos nossos pensamentos, jeito de vestir, de falar, de pensar, círculos de amizades influenciados para algo "mais assim" ou "mais assado". A música, ou melhor, A ARTE pode ser decisiva na vida de uma pessoa. O artista tem um grande poder nas mãos, e como disse o tio Ben, "grandes poderes trazem grandes responsabilidades".

O artista, além do mais estando na mídia, deve passar uma mensagem. Ou, ao menos, se não tiver nada de construtivo a passar, seja despretensiosamente neutro. Agora, artista, não venha entupir de merda a cabeça das pessoas, cara. Você forma opiniões.

É engraçado como todo mundo reclama de fofoca e falsidade, mas não perde um capítulo do BBB. Ou reclama da violência e do tráfico, mas não perde a deixa de rebolar ao som do marginal do 50Cent entoando verdadeiros odes à vagabundagem e má conduta. Um cara como ele, que saiu da periferia e conseguiu chegar aonde chegou, com certeza deve ter coisa mais útil a passar pra garotada do que "Tenho uma arma na cintura e sou o bandidão". Como disse outro grande cara, um guitarrista japonês chamado Sugizo: "No more machineguns. Play the guitar". ISSO SIM É BACANA, CARA!!

Mas a boa de hoje, real e infelizmente, é ficar muito doidão on the dancefloor.

Eu me sinto uma tia velha quando vejo garotada de 15 anos cultuando esses ídolos DE MERDA e cheirando pó, menina de 13 bêbada na Lapa sexta-feira altas horas da madruga. Quando eu tinha 13 anos, sabe que horas eu tinha que estar em casa?? TODA HORA. E não era eu, mas a esmagadora maioria da galera da minha idade não saía, nem trepava, nem fumava, nem bebia, nem cheirava. Tinha os que faziam, mas esses eram "os rebeldezinhos do mau". Essas coisas sempre rolaram, desde a época da minha avó, mas não da forma banalizada de hoje em dia. Sei lá, 13, 14 anos, pra mim, é (ou deveria ser) final da infância. O começo da adolescência, e não da vida adulta. Estão pulando um pedaço muito foda da vida e que não vai voltar.

Agora todo dia, meu dia é arruinado com a boa notícia de que mais um amigo ou pessoa por quem eu tenho alguma simpatia tá perdendo a linha e cheirando pra caralho. Eu já vi pessoas verdadeiramente boas perderem tudo, irem pra cadeia por motivos estúpidos e até morrerem por causa dessa merda. Mas quer saber, já se tornou normal. A sociedade cheira cocaína. Eu que sou careta. "As vezes, eu queria que todos eles tivessem logo uma overdose e desinfectassem o planeta". Foi o que eu e um amigo tristemente concluímos hoje. É, me sinto um velho rabugento quando penso nisso. Mas nasci em 1985. Sou novo, tenho 25 anos e não sei de tudo. Mas o que eu percebo, e cada vez mais tenho a infeliz e desesperançosa convicção, é que o mundo é uma bosta imunda. A geração nascida do meio da década de 90 pra cá é de infelizes patéticos. A tendência é só piorar. Essa "fé no futuro" que a tia Heloísa falava no colégio... Já não sei não, hein. O futuro já chegou e é essa merda que a gente tá vendo.

Quando (e SE) o ser humano se tocar, já poderá ser tarde demais.